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Cana-de-açucar      
Escolha certa de variedade para sucesso da canavicultura
Preparo de solo adequado, controle de cupins e ervas daninhas são regras esquecidas por alguns produtores que garantem a produtividade
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Kamila Pitombeira
20/04/2012

A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância no cenário nacional e o sucesso dos canaviais está até tomando o espaço de outras culturas no Brasil. No entanto, existem algumas regras que os produtores devem seguir para garantir a produtividade esperada. É preciso conhecer bem a cultura e seguir as recomendações técnicas. A implantação e condução do canavial foi um dos temas abordados no Dia de Campo Cana-de-Açúcar para alimentação bovina e produção de cachaça, no dia 10 de junho na Fazenda Experimental da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais). O evento aconteceu em Itabira (MG).

Segundo Édio Luiz da Costa, pesquisador da Epamig, entre todas as ações necessárias para o bom cultivo da cana, a principal delas é a escolha da variedade, muito importante para o sucesso da atividade. Ele afirma que a variedade escolhida deve ser testada localmente quanto à sua adaptação. Além disso, o destino a ser dado à cana-de-açúcar (etanol ou mercado de açúcar) auxilia nessa definição.

— Quanto às dicas de implantação do canavial, a primeira delas é a escolha adequada da área a ser implantada, evitando-se áreas de acúmulo de água. Deve-se ainda fazer uma amostragem de solo para realizar a análise e fertilidade. O preparo do solo precisa ser muito bem feito com aração, gradagem e destorroamento. O produtor deve também utilizar mudas sadias com 10 a 12 meses de idade, lembrando que o uso de variedades resistentes ou tolerantes é o principal método de controle de pragas e doenças da cultura. Deve-se atentar ainda para o espaçamento e evitar a cana muito adensada — explica o pesquisador.

Ele diz que o plantio deve ser feito em sulcos, evitando plantar a cana muito profunda, em torno de 25cm a 30cm de profundidade. Além disso, essas mudas devem ser cobertas com pouca quantidade de terra, em torno de 5cm a 10cm. Já na hora de colocar a muda no sulco, ela deve ser picada em toletes de três a cinco gomos. O produtor deve garantir ainda a presença de 16 a 18 gemas por metro linear de sulco.

— A adubação deve ser feita no sulco do plantio, baseada na análise de solo e na produtividade esperada. São importantes o fósforo, o potássio, o enxofre e, se necessário, fazer a aplicação de nitrogênio de cobertura. No caso de adubação orgânica, deve-se colocar de 15 a 20 toneladas por hectare de esterco bovino. Na adubação da soqueira, após o primeiro corte da cana, são importantes o nitrogênio, o potássio e o fósforo, se for necessário — acrescenta.

Manejo

De acordo com Costa, o controle de pragas do solo, principalmente do cupim, deve ser feito no plantio, sobre os toletes no sulco de plantio. Esse plantio deve ser mantido livre de concorrência de plantas invasoras. Além disso, a cana-de-açúcar necessita de um teor adequado de água no solo, principalmente nas fases de germinação, de perfilhamento e crescimento do colmo. Já se a cultura for irrigada, essa irrigação deve ser interrompida em torno de 30 a 45 dias antes do corte para permitir a maturação.

— A colheita da cana deve ser feita quando ela atingir a maturidade. Se o corte é feito manualmente, deve ser rente ao solo para não prejudicar a brotação da soqueira. Para melhorar a produtividade, a escolha da variedade é um cuidado é importante. Obtendo uma variedade adaptada à região, o produtor proporciona um menor ataque de pragas e de doenças, além de contar com variedades mais produtivas — orienta Costa.

Entre os erros mais comuns cometidos pelos produtores, o pesquisador cita a não utilização de variedades adequadas para suas regiões. Outro erro, segundo ele, é fazer o preparo de solo de forma inadequada. Além disso, o produtor não deve deixar de fazer análise de solo. Por último, não atentar para o controle de cupins e o combate de formigas e ervas daninhas também é considerado um erro grave.

— O controle de ervas daninhas pode ser feito por meio de capinas manuais ou aplicação de herbicidas, através de recomendação técnica — recomenda o pesquisador.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Epamig através do número (31) 3489-5000.

 

 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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